Anhangabaú - São Paulo fev 2008
Lá no alto do arranha-céu tem um corvo livre e solitário, Espreguiçando-se tempo, tem um corvo livre e sereno, Espreitando-se à liberdade escassa dos anjos de deus. Pousado às hastes da antena, na milagrosa sintonia, Atenta-se, aguarda o homem moderno de pedra passar, Enquanto se entrete com os vestígios do campo, descansa. Convive às amizades a aparição dos girassóis coloridos, Guarda-sóis de guarda-chuvas pintados de esperanças, Estranhos passageiros entre outra distração sem limite, Homens vaidosos e vícios quem perene aos olhos te parece, Administradores de lembranças de valores perecíveis, Longínqua estrada de estiagem secura, Rota das lenhas, secas.
Pois, mira-se vaidoso, tem-se a compaixão, a paciência, espelha-se, mira-se mais seguro e confiante e limita-se a um ser patético, que não finge a causa às duas dores. À mira vem um bando disperso de um e de três irmãos, solitários, no céu de nuvem flutuam em vôos supremos. Um avião na linha do céu vai ou navega e grita e some. E o sol se espalha aflito nas ogivas das fuligens do verão. Entre as árvores, as folhas secas restam às pedras, escuro sertão, À janela, tem-se a ave, a anunciação, Fulminante guerreiro não dá trela se ignora a solidão.
Ocupa-me, acompanha-me entre olhos nas nuvens, Blocos de aço e de tormentos e chumbo agonizam-se, disfarce das águas e das ventanias, mas não chove - Ameaças – o Sol fibrila as cores e vem à tua dor.
Atento amigo! paciência, amigo! paciente tem razão os tempos. - Estive pensando no desperdício das carnes do ocidente. Na ausência do trigo do pão, do macarrão, bolo da Terra, Na quantidade de bocas, santa mãe ainda tem de nutrir! Alimentá-las ao vinho - ao sumo desejo e do teu prazer, Fúria da fome que compõe as necessidades do tamanho mundo, De diferentes estilos de pés cansados, pois seja só assim, O hábito da sobrevivência, A expressão manifesta precária, De quem um dia talvez precisasse provar dessas iguarias.
Por isso, amigo guardião das sombras, Selecionei esses perfis de homens tolos em vídeo, Ligeiros a olhos perdidos, O teu passado companheiro bizarro, Elegante e vistoso a tanto é o céu do teu desejo às sobrevivências.
Pois, mira-se vaidoso, tem-se a compaixão, a paciência, espelha-se, mira-se mais seguro e confiante e limita-se a um ser patético, que não finge a causa às duas dores. À mira vem um bando disperso de um e de três irmãos, solitários, no céu de nuvem flutuam em vôos supremos. Um avião na linha do céu vai ou navega e grita e some. E o sol se espalha aflito nas ogivas das fuligens do verão. Entre as árvores, as folhas secas restam às pedras, escuro sertão, À janela, tem-se a ave, a anunciação, Fulminante guerreiro não dá trela se ignora a solidão.
Ocupa-me, acompanha-me entre olhos nas nuvens, Blocos de aço e de tormentos e chumbo agonizam-se, disfarce das águas e das ventanias, mas não chove - Ameaças – o Sol fibrila as cores e vem à tua dor.
Atento amigo! paciência, amigo! paciente tem razão os tempos. - Estive pensando no desperdício das carnes do ocidente. Na ausência do trigo do pão, do macarrão, bolo da Terra, Na quantidade de bocas, santa mãe ainda tem de nutrir! Alimentá-las ao vinho - ao sumo desejo e do teu prazer, Fúria da fome que compõe as necessidades do tamanho mundo, De diferentes estilos de pés cansados, pois seja só assim, O hábito da sobrevivência, A expressão manifesta precária, De quem um dia talvez precisasse provar dessas iguarias.
Por isso, amigo guardião das sombras, Selecionei esses perfis de homens tolos em vídeo, Ligeiros a olhos perdidos, O teu passado companheiro bizarro, Elegante e vistoso a tanto é o céu do teu desejo às sobrevivências.
In Verdades - agosto 2008