quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vôo rasante - Céu errante!

Não te esqueças de que tu guardas as notícias mundo.
Pois, não te esqueças de contá-las aos outros, mundo.

Veja se tais anúncios dos homens atores incontestes,
Vêm somente dos arredores do céu em vôos rasantes.

Quem sabe, Talvez, venham também dos mares além,
Em galeões de aço ou em gritos aos vôos sufocantes.

Veja se vem dos astros a força bruta e estúpida a
Cegar os olhos de aves menores, os pequeninos.

Veja se a todos o espanto sufoca as sombras frescas,
Se as luzes ofuscam as vias dos caminhos do acaso,
Atormentando sem pudor os lares azuis sereno, pois,
Nobre o chão azul etéreo esta jornada de aventureiro.

Soem tão secos hilariantes inescrupulosos palhaços,
Débeis à sorte sem o vento das asas da liberdade.

Desastroso sítio de homens corruptos, feito pedras,
Mármore, legado bem da herança das civilizações.

Ouça as notícias!
Vêm do ciclo dos homens urgentes,
Vêm da paixão egoísta,
Vêm da vaidade em lâmina de aço.

Vêm e mutila as horas, o percurso,
A honra das informações gerais –
Mas por que estreita o meu caminho,
Continuas - tu és tão alheio.
In Verdades - julho 2008

sábado, 19 de julho de 2008

Motivação - 92

Ardea alba

Não sou homem a andar sorrindo
Sou homem a pensar sozinho
A passar sorrindo
Hipócrita
Apesar de

De vez em quando
Eu me esqueço
Adormeço
Feito anjo
Estúpido
Sorrindo

Hipócrita
Sorrindo
Sorrindo ou não
Faz parte de ti
Faz parte mim?

In Janelas abertas - ed. 2007

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ardea alba

garça-branca-grande: Ardea alba, Lago Merritt, Oakland - USA

Cerejeiras - flores brancas

Washington _ C_ D.C._ Tridal_ Basin _ Cherry_ Trees

Existem pedras estúpidas e teimosas paradas
No meio dos caminhos.

As que não descem nem sobem ladeiras mais longas,
Porque não têm pressa.

As que não sabem andar e ainda são ingênuas criaturas,
Porque não aprenderam andar sozinhas.

As que têm as pernas tortas e são muito dependentes,
Porque corre o risco da fratura iminente.

As que por natureza muito antiga petrificaram em fósseis,
Porque inúteis perderam o elo da esperança.

Vai longe caducando a pedra branca dos cordeiros fiéis.
Da espera o peregrino bate a cabeça em sangue da dor.

Lamenta-se pra mais espera ou pra menos se desespera,
Porque existem pedras mumificadas nos caminhos.

Deixa-se de lado o que não foi da simples vontade do interesse,
Mas da fé, ignorar-te, nem tanto não lamentas.

O que será de ti quando não houver mais fé em pedras brancas.

Caaba todos os dias se acaba em lamentação e mea culpa,
Distancia-se e torna-se escura.

Meca de Adão aos homens de Abraão, ilustres visitantes dos
Tempos, mas pedras duras no meio dos caminhos.

E batem à testa, batem ao peito a mea culpa de nós.

Eu não seria o mais incrédulo a confirmar o desencanto do Real,
“Eis-nos aqui, ó Senhor!”

Os Arautos do Evangelho, solidários à vontade tua Cristão,
pois
Colhemos flores e também os espinhos dos campos.

Caminhemos, avante! Subamos as ladeiras.
Rolemos abaixo as pedras do meio dos caminhos.

In Verdades - julho 2008