Infância de Ciro, rei da Pérsia. Sebastiano Ricci (1659-1731)
Então, meu ilustríssimo amigo Alvorada! Como é de sempre muito bem sucedida a sua mensagem às expectativas aspirantes de um mundo muçulmano com a expansão do islamismo. Ouvi e li as legendas como quem se sentisse impotente de respondê-las de imediato, pois me surpreenderam as estatísticas, mas não me foram tantas as novidades das quais eu não as esperasse. A História do mundo -se for do decurso das civilizações -vem de muitos séculos perseguida, modificada e readaptada através dos tempos. Eu diria que é a metamorfose natural das histórias das sociedades dos homens, que nos convida sempre às novidades, ora pelo esforço do trabalho humano a adaptar-se às novas realidades sócio culturais, ora pelas alterações dos fenômenos naturais cujos resultados nos tornam dignos e contemporâneos da evolução na jornada da existência. A expansão da cultura oriental, em avanço ao Ocidente, tem tudo a ver com a movimentação das grandes massas de gente concentradas, nesse lado do hemisfério do planeta, da grande planície da Mesopotâmia. Imperadores como Ciro – o grande, Dario I e Xerxes I não mediram esforços para expandir os seus domínios entre outros povos. Nem Gregos – Espartanos brutos resistiram a tantos ímpetos; assim como os Romanos intransigentes e audaciosos impuseram tantos ímpetos a tantos povos conquistados.
Agora, podemos dizer assim: - são outros tempos- mas são as mesmas gestões dos mesmos provedores renominados, então, de Teerã e Iran, com um detalhe marcante e preponderante a mais: a fúria das religiões, do fundamentalismo, do fanatismo cego e do marketing de um deus comum a todas as bandeiras e estrelas de Alá, pois continuam as cruzadas em busca da expansão à redenção dos povos orientais, ora os asiáticos ao domínio das tecnologias. Ora a exemplo das religiões que a cada dia germinam em outras terras estrangeiras. Muitos dos governos importantes da comunidade Européia e das Américas já se dão conta desse prestígio expansionista, migratório e previsível. Constate-se às estatísticas surrealistas do vídeo em questão.
As religiões desses povos são muito mais antigas do que o Cristianismo ocidental. Não é novidade a eterna disputa entre árabes e israelitas por terras, maiores em nome de um deus incomum, tome-se a exemplo do Islamismo e judaísmo a bater às nossas portas todos os dias. Não nos falta o Budismo a nos tornar oriental a qualquer pensamento mais duvidoso ou distraído. Porque muçulmano, xintoísta, hinduístas, budista muitos de nós já somos pela própria necessidade anacrônica e ideológica das massas-gente em questão e em expansão. Eu não me espanto de nada tampouco me assusto, porque na ordem das manifestações culturais, entendo esse processo seja consequência do ciclo inevitável da gestão dos homens no universo conflitante das ideologias.
Então, não faz muita diferença ser ou não ser cristão, muçulmano, ateu ou seja lá qualquer coisa que se diga ser, pois os povos crescem e se movimentam, os interesses crescem aos domínios, e aos homens cabe insanamente abrir corredores indistintamente e indiferentemente aos outros donos de quintais, e se possível impor a fé e a língua aos conquistados. Assim fora, assim é, assim continuará o curso da História.
Percebo que os homens correm às pressas em busca de espaços, cada vez maiores às suas realidades, seja material, seja espiritual, seja somente pela ganância, pelo poder que fascina e que mantém o ego atávico e sedento dos conquistadores.
In Verdades - setembro 2009