Imagine um lugar seco, muita areia, grandes dunas, sem vegetação e poucos animais vivendo neste ambiente tão inóspito. Água restrita, somente aquela que cai com o orvalho da noite. A palavra deserto provavelmente conota está visão.
A região do Jalapão, no Tocantins, é chamada de deserto do Jalapão, mas se você for para lá pensando em conhecer um deserto com as imagens descritas no texto é melhor mudar a sua passagem para o Saara. A região é formada por uma densa vegetação de cerrado baixo, a água flui exageradamente formando rios, brejos e lagoas, onde muitas espécies de animais encontram alimento em abundância. É possível encontrar espécies típicas do cerrado como o tamanduá-bandeira, veado-campeiro, capivara, ema e a onça-pintada. Casais de araras, tucanos e muitas outras aves ajudam a compor o cenário. Assim é o deserto do Jalapão.
Bufogranulosus
Globo on line, 23/5/2005
“A afirmação de Fernando Henrique Cardoso, de que a “sertanização por que passa Brasília pode atingir a democracia”“.
“A afirmação de Fernando Henrique Cardoso, de que a “sertanização por que passa Brasília pode atingir a democracia”“.
FHC parece que ficou doido, deve ser a senilidade evidente. Existem quintais onde há galinhas velhas que depois de cansadas de guerra, longas lutas perdidas, e de terem procriados ovos mesquinhos que alimentaram lagartos do mal e cobras venenosas, ainda se insinuam para galos velhos e duros de quintais vizinhos. Sai pra lá cascudas das fertilidades estéreis! Assim é a prática do longo tempo da democracia brasileira e mais recentemente faz pouco mais dez anos.
Do 8° encontro do PSDB-SP, FHC saiu cacarejando: o governo Lula parece “peru bêbado no carnaval”, Genuíno diz que “é inveja” do velho galo, ancião teimoso, muita gente também pensou assim. Falou também da “sertanização” de Brasília, nessa, ele deve ter razão —, Brasília fica no planalto central, isolada no interior do continente, longe do litoral, faz sentido um dia, virar sertão, profecia do beato conselheiro – “O sertão vai virar mar / Dá no coração / O medo que algum dia / O mar também vire sertão” - nos versos e música de Sá-Guarabira.
“O País -diz o ex-presidente FHC - está sem rumo”. Entretanto, fez oito anos de, ou melhor, ficou presidente do Brasil, antes ministro oriundo da demagogia. Fez confrarias com países europeus, mereceu títulos honoris causa a dar com pau, de monte, agraciado em suas viagens, somente ao exterior, muito caras ao contribuinte, vendendo estômagos vazios de brasileiros “vagabundos”. Por fim, ainda bem, os vinhos argentinos e chilenos –malbec- aumentaram a demanda e prevaleceram e invadiram as prateleiras de supermercados paulistanos a buon mercato.
O poliglota nacional, sociólogo, professor, conferencista, esbanjava competência, em nome da modernidade vesga americana e européia, vendia de tudo, que lhe desse a telha de seus cabelos brancos, vontade absoluta, bem baratinhos. Haja patrimônio público a depilar! Conseguiu até a aumentar a mão de obra barata no país, porque muitos cidadãos perderam o emprego e buscaram a informalidade, outros a marginalidade. Justificativa-se a sobrevivência. O saldo da política do governo de FHC é muito mais que isso:
Na saúde e educação e segurança, sabe-se que não há insatisfação popular, nunca houve abandono. No funcionalismo, que maravilha ficou o Estado organizado, dívida pública, corrupção nas gavetas, inflação não havia em mãos partidárias, nem dinheiro no bolso do cidadão, justiça. INSS, direitos adquiridos, nossa mãe do céu, quanta melhoria fez-se no jalapão sem camisa às havaianas desgastadas!
Note-se em vésperas adiantadas de eleição ao sertão visionário concebível, vale de tudo que possa angariar votos e fundos para se afirmarem às disputas eleitorais partidárias de quintais. PSDB comanda o arrastão, PTB, PDT, PMDB, PFL do novato DEM e do mais ordinário PP dão sinais da secura no sertão, mas preferem assim os novíssimos coronéis a distanciarem-se dos pts à revolução dos animais.
Competência e retórica são irmãs matreiras, não faltam nos discursos institucionalizados. Percebe-se que o transporte, a educação, a saúde, nunca estiveram tão bem nem se ouve falar de morte à míngua em frente dos hospitais públicos, precários cidadãos. Vale dizer, trindade atuante, a profana hipocrisia medieval caminha-lesma a fazer muralha aos bons ventos da Democracia soprados no Jalapão. Está na hora de FHC deitar-se ou curtir seus dotes avançados calado, recente fortuna emergente da sorte.
In Verdade - jun 2005 Do 8° encontro do PSDB-SP, FHC saiu cacarejando: o governo Lula parece “peru bêbado no carnaval”, Genuíno diz que “é inveja” do velho galo, ancião teimoso, muita gente também pensou assim. Falou também da “sertanização” de Brasília, nessa, ele deve ter razão —, Brasília fica no planalto central, isolada no interior do continente, longe do litoral, faz sentido um dia, virar sertão, profecia do beato conselheiro – “O sertão vai virar mar / Dá no coração / O medo que algum dia / O mar também vire sertão” - nos versos e música de Sá-Guarabira.
“O País -diz o ex-presidente FHC - está sem rumo”. Entretanto, fez oito anos de, ou melhor, ficou presidente do Brasil, antes ministro oriundo da demagogia. Fez confrarias com países europeus, mereceu títulos honoris causa a dar com pau, de monte, agraciado em suas viagens, somente ao exterior, muito caras ao contribuinte, vendendo estômagos vazios de brasileiros “vagabundos”. Por fim, ainda bem, os vinhos argentinos e chilenos –malbec- aumentaram a demanda e prevaleceram e invadiram as prateleiras de supermercados paulistanos a buon mercato.
O poliglota nacional, sociólogo, professor, conferencista, esbanjava competência, em nome da modernidade vesga americana e européia, vendia de tudo, que lhe desse a telha de seus cabelos brancos, vontade absoluta, bem baratinhos. Haja patrimônio público a depilar! Conseguiu até a aumentar a mão de obra barata no país, porque muitos cidadãos perderam o emprego e buscaram a informalidade, outros a marginalidade. Justificativa-se a sobrevivência. O saldo da política do governo de FHC é muito mais que isso:
Na saúde e educação e segurança, sabe-se que não há insatisfação popular, nunca houve abandono. No funcionalismo, que maravilha ficou o Estado organizado, dívida pública, corrupção nas gavetas, inflação não havia em mãos partidárias, nem dinheiro no bolso do cidadão, justiça. INSS, direitos adquiridos, nossa mãe do céu, quanta melhoria fez-se no jalapão sem camisa às havaianas desgastadas!
Note-se em vésperas adiantadas de eleição ao sertão visionário concebível, vale de tudo que possa angariar votos e fundos para se afirmarem às disputas eleitorais partidárias de quintais. PSDB comanda o arrastão, PTB, PDT, PMDB, PFL do novato DEM e do mais ordinário PP dão sinais da secura no sertão, mas preferem assim os novíssimos coronéis a distanciarem-se dos pts à revolução dos animais.
Competência e retórica são irmãs matreiras, não faltam nos discursos institucionalizados. Percebe-se que o transporte, a educação, a saúde, nunca estiveram tão bem nem se ouve falar de morte à míngua em frente dos hospitais públicos, precários cidadãos. Vale dizer, trindade atuante, a profana hipocrisia medieval caminha-lesma a fazer muralha aos bons ventos da Democracia soprados no Jalapão. Está na hora de FHC deitar-se ou curtir seus dotes avançados calado, recente fortuna emergente da sorte.