Segundo Feema, língua negra vem da galeria de águas pluviais.
Do G1, no Rio
Visto desse modo, não haverá tempo futuro, pois, o tempo presente está gasto e traspassado, ficou caduco para as novas gerações, e as ondas que vinham bater nas areias brancas de Ipanema, trazidas pelos ventos dos oceanos distantes, chegam pois exaustadas. Então, cansadas de esperar as boas vindas, rebelam-se e tornam-se maremotos e vendavais, e fogo queima em água-vivas, doutrina a Natureza. Seja a bondade de Deus à prática do tempo o exercício da onipresença, pois, os caminhos dos rios não mais o levaria aos mares nem aos caminhos das florestas aos ares verdes da vida. O mundo se tornaria só, horrendo só, e escasso em extinção seria os coitadinhos dos animais in extremis via.
Lembra-se, meu amigo, da ‘princesinha do mar’ ? Que não me digam que se tornou ou se tornará bruxa-feia, a digna Copa Cabana dos menestréis da Bossa Nova ‘60, agora, da paura insuspeita dos imorais predadores? Da Lagoa Rodrigo de Freitas poça escura de detritos e lágrimas de inocentes? Talvez, melhor ainda seja, olhar pro cimo das colinas que restam verdes e correr aos olhos os horizontes das montanhas cariocas dos rios de janeiro. Olhar o Cristo Redentor e aceitar em um aperto de braços bem abertos o calor da Redenção, porque Jesus, à imagem semelhança filho do Senhor, tornou-se homem só para as causas cruéis dos inconseqüentes irmãos predadores, perdoá-los.
“Segundo Feema. Língua negra vem da galeria de águas pluviais. Banho deve ser evitado no trecho próximo ao canal do Jardim de Alah.”
‘Alah, meu bom Alah’! Temos mesmo de atravessar os desertos? Aonde há desertos aonde há caminhos menos impuros para se atravessar? Fujamos então para lá! Pois, daqui se aceitarmos as dores do Mar, não teremos remédio para socorrer nem as águas nem as areias nem as garotas árvores de Ipanema, ficaremos sem Copa, voltaremos, então, por fim à era da Cabana – Ocas dos Guaranis-tupis mais felizes.
abraço, simao