foto: www.sfondipertutti - Coniglieto si scalda
NA FLORESTA DO ALHEAMENTO
Sei que despertei e que ainda durmo. O meu corpo antigo, moído de eu viver diz-me que é muito cedo ainda... Sinto-me febril de longe. Peso-me, não sei porquê...
Num torpor lúcido, pesadamente incorpóreo, estagno, entre o sono e a vigília, num sonho que é uma sombra de sonhar. Minha atenção bóia entre dois mundos e vê cegamente a profundeza de um mar e a profundeza de um céu; e estas profundezas interpenetram-se, misturam-se, e eu não sei onde estou nem o que sonho. (F.Pessoa)
Sei que despertei e que ainda durmo. O meu corpo antigo, moído de eu viver diz-me que é muito cedo ainda... Sinto-me febril de longe. Peso-me, não sei porquê...
Num torpor lúcido, pesadamente incorpóreo, estagno, entre o sono e a vigília, num sonho que é uma sombra de sonhar. Minha atenção bóia entre dois mundos e vê cegamente a profundeza de um mar e a profundeza de um céu; e estas profundezas interpenetram-se, misturam-se, e eu não sei onde estou nem o que sonho. (F.Pessoa)
foto: Ghepardo - www.sfondipertutti
Alheamento
Balcão das horas. Então, o fim,
O ventre nu, o som e a música,
Teus cabelos balançam e voam,
– Rendeste-te em mim.
Auto-me sugestivo em risos de
Mona Lisa, tu sempre tu-eu-fins.
Quem és tu...
D’onde tu vens...
De que mãos imorais,
Malditas, te livraste a tempo...
Aqui tu te danças – eu só te aprecio.
Tu bebes e comes extensos olhares,
Longas garrafas embevecidas azuis,
De perfumadas flores - eu -te sonho...
Nina dos prazeres e das aventuras,
Da sombra pueril do avesso tempo,
D’ teu e meu passado uno repetido,
Da dor anfitriã à sombra do acaso.
In: Verdades - out 2008
Alheamento
Balcão das horas. Então, o fim,
O ventre nu, o som e a música,
Teus cabelos balançam e voam,
– Rendeste-te em mim.
Auto-me sugestivo em risos de
Mona Lisa, tu sempre tu-eu-fins.
Quem és tu...
D’onde tu vens...
De que mãos imorais,
Malditas, te livraste a tempo...
Aqui tu te danças – eu só te aprecio.
Tu bebes e comes extensos olhares,
Longas garrafas embevecidas azuis,
De perfumadas flores - eu -te sonho...
Nina dos prazeres e das aventuras,
Da sombra pueril do avesso tempo,
D’ teu e meu passado uno repetido,
Da dor anfitriã à sombra do acaso.
In: Verdades - out 2008
3 comentários:
Olá amigo, só quero dizer das postagens dos animais, das belas palavras em versos, da poesia, e dessa "floresta encantada do alheamento" que não cansa, perfeita harmonia... Parabéns.
bjs
Rita
Esse e-mail é para o poeta e amigo Simão.
Você deve conhecer todas, mas....
Grande abraço e uma ótima semana para todos.
Shitiro
Parabéns professor pelos pequenos textos e poesias aqui publicados.
Ah, e obrigado pelas palavras de elogios. Serão sempre bem vindos assim como as críticas. Somente através da participação dos leitores é que podemos medir a receptidade das nossas opiniões. Afinal o nosso motivo de escrever está na satisfação dos leitores que é o elo mais importante de todo esse processo.
Abraço,
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