Vinde vós - agosto dos anos – ao meu jardim!
Não duvideis – meus irmãos – do agosto de deus
- Que virão nos encontrar.
Virão as águas – virão os rios – virão os mares
Nominados exóticos – esdrúxulos e sedentos
- Virão nos encontrar.
Virão muitos – virão nos encontrar em correntezas,
Em rios afogados, em raios fulminantes, em lamas,
Tempestade de pedras-pó-cinza virão nos soterrar.
Virão as árvores secas de ferro em jardim estéril, em
Folhas verdes-ferrugem - alguém vem te admirar.
Teus galhos, em ramos de brotos secos, em tortos
Patamares, intoxicados ares de fumaça cinza-escuro
Virão a nós respirar as complacentes dores de quem?
Se teus jardins delineados em delicados adornos nos
Enfeitar com flores as desidratadas dores do meu bem,
Grinaldas de ferro-aço-sucata também são naturais as
Flores silvestres-agosto descoradas do meu jardim.
Vinde horas do acaso em corredores tensos do hospital,
Em chapadões de asfalto aos gritos de latas à revoadas.
Vinde e calam os meus pesares se infinitos são desejos
Os vossos jardins.
In Janelas Abertas - 12 agosto 2011
Um comentário:
Simão, andei visitando o seu blog, legal. Vi também as fotografias da festa no círculo militar, eu conheço esse espaço, é muito legal. A sua festa estava bastante animada.
abraço.
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