Amanhece
São Paulo nem dormiu
Há vida no verão-outono
Faz hoje frio
Ronco de motores a diesel
E gasolina-álcool se dispersa
Coloridos transeuntes e modas
De diferentes cruzadas santas
Aqui do centro alto Piratininga
Bem de cima do Viaduto do Chá
Vale o céu cimo babilônico
Vale os sonhos das fortunas
Das sete e trinta da manhã
Dos mendigos sem pátrias e dos mestiços
E dos mulatos debruçados no parapeito do vale
Vale britadeiras e unhas de ferro
Ternos e bravata e muitos sorrisos e pressa
Vale das morenas — Olha a loira cobiçada!
Os passos apressados do boy-city
Vale da ruiva co-cidade
São Paulo vale outra missa
Nem Paris a mereceu
Corro os olhos atrás da loira
Cidade — morena negra ruiva loira sumiu
São Paulo nem dormiu
Há vida no verão-outono
Faz hoje frio
Ronco de motores a diesel
E gasolina-álcool se dispersa
Coloridos transeuntes e modas
De diferentes cruzadas santas
Aqui do centro alto Piratininga
Bem de cima do Viaduto do Chá
Vale o céu cimo babilônico
Vale os sonhos das fortunas
Das sete e trinta da manhã
Dos mendigos sem pátrias e dos mestiços
E dos mulatos debruçados no parapeito do vale
Vale britadeiras e unhas de ferro
Ternos e bravata e muitos sorrisos e pressa
Vale das morenas — Olha a loira cobiçada!
Os passos apressados do boy-city
Vale da ruiva co-cidade
São Paulo vale outra missa
Nem Paris a mereceu
Corro os olhos atrás da loira
Cidade — morena negra ruiva loira sumiu
In Janelas abertas - 1ª ed. nov 2007
Um comentário:
Engraçado, nós, ou melhor, nem todos nós, temos tempo nesta megalópole de aperceber-se de pequenos e belos detalhes, mas como você, caro amigo, existe ainda´pessoas sensíveis e capazes de entender os sentimentos profundos desta maré de cimento e fumaça que é São Paulo.
Parabéns pela mente sensível que trazes contigo, e continue nos elucidando bons e excelentes pontos para que entendamos esta cidade!
Um abraço.
D.
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