Quando você vinha aqui
Eu me lembro
Quase eu via amanhecer
Você vinha sempre à noite
Morna e não chovia
Você vinha aqui
Eu me lembro do banquinho da rua
Sentados como uns anjos cúmplices
Eu e tu víamos a lua
Ah! Como eu me lembro do barquinho
Doido não tinha leme nem razão
Sumia em correntezas sinuosas
Era um vulto branco e agitado
Entre dunas num alazão
Tu vinhas e sentavas e vias a lua
Meu coração!
Meu santo alheio
Quem diria corpus não
Venha ilusão
Mas o tempo passou
Ontem deu-se eclipse
Escureceu
Depois veio a crescente tímida
E a nova não nasceu
Hoje por que não sei chove
E se não for por tais motivos
Qual seja ingrata, prove!
Se for cansaço a minha infâmia
Ainda assim venha
A vida é uma semente
Melhor dizendo um passarinho alegre
E o vento esse agente do futuro
Uma criança brinca
Eu me lembro
Quase eu via amanhecer
Você vinha sempre à noite
Morna e não chovia
Você vinha aqui
Eu me lembro do banquinho da rua
Sentados como uns anjos cúmplices
Eu e tu víamos a lua
Ah! Como eu me lembro do barquinho
Doido não tinha leme nem razão
Sumia em correntezas sinuosas
Era um vulto branco e agitado
Entre dunas num alazão
Tu vinhas e sentavas e vias a lua
Meu coração!
Meu santo alheio
Quem diria corpus não
Venha ilusão
Mas o tempo passou
Ontem deu-se eclipse
Escureceu
Depois veio a crescente tímida
E a nova não nasceu
Hoje por que não sei chove
E se não for por tais motivos
Qual seja ingrata, prove!
Se for cansaço a minha infâmia
Ainda assim venha
A vida é uma semente
Melhor dizendo um passarinho alegre
E o vento esse agente do futuro
Uma criança brinca
Sem saudades
In Janelas abertas - 1ª ed. nov 2007
2 comentários:
lá, caro Simão! bela poesia, bela postagem, colorido e diversificado o conteúdo do blog. Parabén!
bjs. nandinha
oi, Simão! muito legal, gostei do do texto. achei esse muito bom.
bjs. Alê
Postar um comentário