Salvemos à cura a tristeza enquanto é noite dia a natureza
Andemos aos passarinhos das árvores gemedoras da cidade
Descemos à montanha rústica dos caminhos tortos em enduros
Mergulhemos ao mar de sal pesado em manhã de sol descolorida
Façamos do fruto à fartura dos mares em igarapés longínquos seguros
Vindo tu à branca suja areia
Deita-te ao sol à luz de infinitos olhos verdes das marés
Expõe-te a pele jovem e a olhos desejosos dos oceanos
Angústia e tortura de quem sonha a vida alheia alegre
E salvemos a misericórdia das agonias
Subamos ao planalto olhos luzes e girassóis cansados correm
Em marginais avenidas e alamedas aos arredores de fumaça
Tosse grita coração às mãos a diesel pegajosas matam
Disfarçam em aflições e as dores da criança dormem
Na noite que amanhece em filas de caracóis estressados
Lesmas tontas tomam formas mutantes em gritos de torturas
Outras vêm em bando aves em vôos desconcertantes e genuínos
Assim disfarçam as meretrizes em zonas arborizadas de ipês roxos
Manacás colorindo marginais em estradas enfeitadas de latas e metais
Sujos choram em sóis e lençóis da manhã em dias longos de novembro
Cinqüenta e seis novembros contínuos se passaram
Não fiquei em noite véspera de cantos e festas
Nem parti em busca de aventuras tortas em gritos
Destas não desci nem subi em nuvens manifestas
Fiquei aqui em Tua casa sobre Teus umbrais
Via a hora e esta é minha rival sereno tempo
E plácido é mestre e mostra e me atesta
O quanto já suportei das dores ácidas
De colonos nômades ciganos passageiros
Da morte sem dores a se virem cansados rivais
Andemos aos passarinhos das árvores gemedoras da cidade
Descemos à montanha rústica dos caminhos tortos em enduros
Mergulhemos ao mar de sal pesado em manhã de sol descolorida
Façamos do fruto à fartura dos mares em igarapés longínquos seguros
Vindo tu à branca suja areia
Deita-te ao sol à luz de infinitos olhos verdes das marés
Expõe-te a pele jovem e a olhos desejosos dos oceanos
Angústia e tortura de quem sonha a vida alheia alegre
E salvemos a misericórdia das agonias
Subamos ao planalto olhos luzes e girassóis cansados correm
Em marginais avenidas e alamedas aos arredores de fumaça
Tosse grita coração às mãos a diesel pegajosas matam
Disfarçam em aflições e as dores da criança dormem
Na noite que amanhece em filas de caracóis estressados
Lesmas tontas tomam formas mutantes em gritos de torturas
Outras vêm em bando aves em vôos desconcertantes e genuínos
Assim disfarçam as meretrizes em zonas arborizadas de ipês roxos
Manacás colorindo marginais em estradas enfeitadas de latas e metais
Sujos choram em sóis e lençóis da manhã em dias longos de novembro
Cinqüenta e seis novembros contínuos se passaram
Não fiquei em noite véspera de cantos e festas
Nem parti em busca de aventuras tortas em gritos
Destas não desci nem subi em nuvens manifestas
Fiquei aqui em Tua casa sobre Teus umbrais
Via a hora e esta é minha rival sereno tempo
E plácido é mestre e mostra e me atesta
O quanto já suportei das dores ácidas
De colonos nômades ciganos passageiros
Da morte sem dores a se virem cansados rivais
In Verdades - nov 2005
Um comentário:
Simão, você é assim como eu, também não faço anos, amigos me dizem que faço aniversário, ou melhor, eu penso que faço aniversário, mas só não sei o dia certo, geralmente comemoro em nenhum lugar. Engraçado né!?
oportunamente, muito sensível os seus versos.
abraço, amigo!
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