sábado, 15 de dezembro de 2007

Natal - outras verdades

Caríssimo, sob o céu de dezembro cai a chuva, às vezes grossa e
Às vezes fina chora em trânsito pesado grito de homens apressados...
Da estiagem vem um sol tímido brilhando entre nuvens e sombras escuras
As portas dos negócios piscam à sedução de crianças e mulheres e homens
Correm atrás da ilusão dos sonhos natalinos...

A Mídia grita promoção e chove em trânsito lento e vende-se em noite quente de verão
Bendita seja a tua vontade de comprar a utopia da amizade e as lágrimas de criança
Tornem os cantos livres de corais em Templos de quimeras e palacetes e palafitas imorais
Amanhã é hoje e depois Natal e quem sabe o galo na madrugada torne a Missa em ladainha
Et pace aos homens de boa vontade

Daqui a pouco é outra noite ou outras verdades tão ingênuas e calor humano champagne chora
É hora da tarde e a noite vem entre nuvens escuras desenhadas em visão nervosa
Mansos cordeirinhos sem prantos em pele rotas douradas às ceias fartam de mel ou fel
À mesa e frutas e frutos e música matam de carícias o teu desejo

Meia-noite! Fogos e gritos pipocam no céu e as estrelinhas em chuva de lágrimas caem
Em fé permanente a deuses latentes duradouros de mares distantes e marés dos rios perenes
Em várzeas longínquas ou em planícies vizinhas encantos e desencantos tropicais

Ouço, ouça o céu em pipocos e fumaça, gritam os homens, beijam-se os homens e abraços
Vem de longe uma música antiga e entoam cumprimentos e afetos de boas vindas

“Feliz Ano-Novo! Adeus Ano-Velho! Que tudo se realize no ano que vai nascer"


In Verdades, 2005 - simao

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