sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Vias de fato - e entranhas

Viaduto do Chá - Shopping Ligth - São Paulo-SP

Oi, futuro!
Oi, futuro novo!

Assim serão já os próximos dias,
Amanhã e os depois de amanhãs.
Só depois de amanhã futuro incerto.
Não. Não será sempre depois assim!

Epa! Amanhã será hoje o dia dos inéditos!
Das cousas boas, mas à tarde, à noite muda,
As caras de amanhã virão enfeitadas. – Ok!

Hoje cedinho e amanhã, antes de saíres de casa,
Abra as janelas notícias e veja se já não há futuro,
Nas esquinas, nos fluxos dos homens e nas bancas.

Nas edículas, jornais, tablóides imediatos de revistas.
Propaganda nas vitrinas das livrarias com as edições,
D’ ouros do futuro e das glórias agonias dos homens.

Não sei. Não cri. Vi-te por acaso e te fotografei por nada.
Talvez por impulsos que vêm do cerne do sangue arterial,
Vias do mercado de nômades anônimos de mascates-nós.

Oi, futuro da manhã apressada de transeuntes corriqueiros!
Corredores de sóis e passageiros sós que não te conhecem.
Não vês! Daqui a pouco logo escurece as margens das vias,
Sombras do passado te tornarão entranhas incertas, o futuro!
In Verdades - fev 2008

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá amigo Simão, depois do passarinho, oi futuro - futuro novo não me espantou. Admiro o seu estilo de escrever. Vi-te por acaso e te li, me desculpe pela tentativa de te plagiar, mas gostei do poema.

Bom dia, poeta pensador!
um abraço