segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Igual tempo passado

Era passado um ano
Um século um erro
Igual lembrança de teus olhos
Vida igual a forte luz escureceu

Hoje não há mais presente
Há vulto e futuro ausente
Ilusão outrora feito insônia
Dor e demência de quem sonha

Hoje é ontem tão presente
Não há passado nem futuro
Descontente é tarde e à noite o sol
Ardente caminha o tempo pro poente
Igual Era que se pôs silente
Sob dura cruz de aço frio
Amargo gosto que se diz átomo

In Janelas abertas - 1ª nov 2007

Nenhum comentário: