Vibravas entre deleites desastrosos
Era uma pequena nuvem de fumaça
Qual espalhava teimosia, chuvas
Que de sóis ardia
Um pequeno vulcão dividido entre amores
Sôfregos e dores que de solidão
Às vezes se embebecia
Que de sonhos se dormia
Outras manhãs
Via-te sorrir
Tantas vezes horas do dia
À noite, momento oportuno d’agonia
Uma luz, uma lua misteriosa de néon
Um torpor de alma doce
Segui-te entre linhas sinuosas do céu
Vibrante melodia o teu clamor
Deu-se a madrugada — eu não dormia
Murmúrios, queixumes, rara melodia
Perfumes de rosas tristes eu bebia
E foram assim outros dias
Agora, ‘inda é verão, mas esfria
Tanto a distância que coração nenhum
Permite ou denuncia
Razões que ora me venciam
Se a chuva é fertilidade
Ora! Está chovendo
E o meu canto é um rio complacente
Corre rio — o mar é a tua nascente!
Era uma pequena nuvem de fumaça
Qual espalhava teimosia, chuvas
Que de sóis ardia
Um pequeno vulcão dividido entre amores
Sôfregos e dores que de solidão
Às vezes se embebecia
Que de sonhos se dormia
Outras manhãs
Via-te sorrir
Tantas vezes horas do dia
À noite, momento oportuno d’agonia
Uma luz, uma lua misteriosa de néon
Um torpor de alma doce
Segui-te entre linhas sinuosas do céu
Vibrante melodia o teu clamor
Deu-se a madrugada — eu não dormia
Murmúrios, queixumes, rara melodia
Perfumes de rosas tristes eu bebia
E foram assim outros dias
Agora, ‘inda é verão, mas esfria
Tanto a distância que coração nenhum
Permite ou denuncia
Razões que ora me venciam
Se a chuva é fertilidade
Ora! Está chovendo
E o meu canto é um rio complacente
Corre rio — o mar é a tua nascente!
In Janelas abertas - 1ª ed. nov 2007
2 comentários:
O uso da palavra por um mestre do lirismo. Este mar é imenso. Abraço forte.
Caríssimo Professor:
De emoções já havia sido invadida minha alma ao sorver "Quando eu te conheci" no "Janelas". Agora, novamente, o prazeroso fenômeno se repete graças ao "Árvores". Muito grato por compartilhar com o MUNDO seu intestimável talento.
Postar um comentário