terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Vias de aclimação

Pq. da Aclimação - 2007 - São Paulo-SP
Fomos ao parque das árvores às sombras caminhar.
- Eu -tu -nós - o cachorro não foi. Ficou cansado dói.
- Não quis se sujar.

Caminhamos em passos largos e concentrados,
Embebidos em sais, ilhado continente d’ águas.
De margens cinzentas e odores de limo musgo,
Das carpas, dos mergulhões, dos gansos, patos,
Sabiás, duas garças de asas sujas e assustadas.
Verdade, eu não fui assim andar nem caminhar.
Fiquei aqui sentado ao sol ausente e sem rodeios.
Ouvia dos pássaros os cantos tristes de pesares e
Insinuantes quase doloridos, quase feridas árvores.
Tímidos grilos gritavam em enxaquecas distraídas.

Vocês iam a voltas e vinham a voltas nem as contavam!
Dores, quantas vezes dobrei longas esquinas às cegas.
Sem rumo à vista, sem tempo definido. A meta de correr.
Correr fugir dos arredores dos insumos, insanos terminal.

Vós vedes: - eu - tu - nós -, cansados e ofegantes.
Ganhastes ou perdestes massa? Ou as calorias frias,
Vós - Justifique-se!

À condição dos ares do tempo ligeiro não pára. Fiquei.
Aqui sentado à beira reles em agonia, ouvia histórias,
Findam do vento da manhã, das horas príncipes do dia.
Vaidosas, herdeiras das coisas vãs!

In Verdades - 03 fev 2008

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Simão, como vai? Gostei do texto, muito legal. Também gostei da foto do seu perfil, deve ser o Enzo, esse menino. Tá lindo e grande.

bjs.