Hei você que acredita em Papai Noel anônimo! – Viu o disco-voador? – Vi. Sempre os vejo por aqui tais seres andando ou se arrastando em bolas de fogo. – Seres do céu! Povoam os ares os campos, os vales longos das montanhas do planeta terra. Em céus dos municípios procriam em bandos de gafanhotos – louva-a-deus! Aos céus dos Estados em nuvens escuras sem rivais cruzam todos os dias as avenidas, alamedas floridas do verão-janeiro de praias, ritmos, escolas de carnavais.
- Não me duvides! Porque mais concentrados voam no planalto do cerrado à espreita tais aberrações - genéticas? E sobre vôos rasantes cospem, pisam, nem dão bolas p’ra gente desmotivada por humilhações, descasos - escândalos da terra. Extraterrestres estigmatizaram gerações inteiras e agora, não mais se escondem, mostram-se cada vez mais a olhos de curiosos incrédulos, aterrizam-se, deslizam-se, esquiam-se em estações turísticas do sul e decolam-se de terrenos seguros de governantes soberbos.
- Ainda não entendi a tua pergunta: se de Papai Noel ou se de disco-voador? – Porque eu já os vi e acredito nos dois! Vivo em simulações hilariantes que às vezes dói de rir-se. Outras vezes criança, via Papai Noel prometer prosperidade para muita gente. – Eu nunca ganhei nadinha, pois o meu papai noel sempre trabalhava e depois morreu de cansado e triste. Fiquei sabendo mais tarde que era tudo mentirinha de adultos malvados, que casavam papai de pretensões, suores, e para se ocuparem mais brincavam de entreter criancinhas desamparadas, abandonadas, de preferência, doentias sem leito de hospitais.
- Então, se de disco-voador? Eu acredito sim. - Você não? - Se não vê é porque não quer ver nem ouvir falar dessas criaturas, que acha que são seres somente d’outro mundo. - A verdade é outra. - Sabe de uma coisa? Disco-voador existe por aí e por aqui. Extraterrestres rondam vilarejos do sertão e deixam marcas profundas e pegadas, e nas cidades, durante o dia e à noite roubam os automóveis, estupram e matam criancinhas. Logo amanhece e todos são bons e de maus costumes, coisas da terra!
Agora, se você pensa que sou cego simplesmente por querer ser cego, muito se enganou. A toda hora, vejo papai noel e disco-voador. Olhe! Olha lá um homenzinho bonzinho sob o banco da pracinha roto, barbudo e sujo em branco e preto, um cão vira-latas! Deve ser um papai noel que perdeu o trenó e o fio da história! Olha d’outro lado, vê aqueles outros? São ETs disfarçados e blindados em tela escura. Protegem-se de sóis - dos olhos da miséria.
- Não me duvides! Porque mais concentrados voam no planalto do cerrado à espreita tais aberrações - genéticas? E sobre vôos rasantes cospem, pisam, nem dão bolas p’ra gente desmotivada por humilhações, descasos - escândalos da terra. Extraterrestres estigmatizaram gerações inteiras e agora, não mais se escondem, mostram-se cada vez mais a olhos de curiosos incrédulos, aterrizam-se, deslizam-se, esquiam-se em estações turísticas do sul e decolam-se de terrenos seguros de governantes soberbos.
- Ainda não entendi a tua pergunta: se de Papai Noel ou se de disco-voador? – Porque eu já os vi e acredito nos dois! Vivo em simulações hilariantes que às vezes dói de rir-se. Outras vezes criança, via Papai Noel prometer prosperidade para muita gente. – Eu nunca ganhei nadinha, pois o meu papai noel sempre trabalhava e depois morreu de cansado e triste. Fiquei sabendo mais tarde que era tudo mentirinha de adultos malvados, que casavam papai de pretensões, suores, e para se ocuparem mais brincavam de entreter criancinhas desamparadas, abandonadas, de preferência, doentias sem leito de hospitais.
- Então, se de disco-voador? Eu acredito sim. - Você não? - Se não vê é porque não quer ver nem ouvir falar dessas criaturas, que acha que são seres somente d’outro mundo. - A verdade é outra. - Sabe de uma coisa? Disco-voador existe por aí e por aqui. Extraterrestres rondam vilarejos do sertão e deixam marcas profundas e pegadas, e nas cidades, durante o dia e à noite roubam os automóveis, estupram e matam criancinhas. Logo amanhece e todos são bons e de maus costumes, coisas da terra!
Agora, se você pensa que sou cego simplesmente por querer ser cego, muito se enganou. A toda hora, vejo papai noel e disco-voador. Olhe! Olha lá um homenzinho bonzinho sob o banco da pracinha roto, barbudo e sujo em branco e preto, um cão vira-latas! Deve ser um papai noel que perdeu o trenó e o fio da história! Olha d’outro lado, vê aqueles outros? São ETs disfarçados e blindados em tela escura. Protegem-se de sóis - dos olhos da miséria.
In Verdades - 02 fev 2008
2 comentários:
caro simão, outra vez eu! muito interessante seus versos, estão sempre presentes da realidade. parabéns!
bjs. gis
Simão, "visões do paraíso ... é mesmo um tratado entre o Bem e o Mal. A sociedade humana está impugnada pela hipocrisia. Você tem toda a razão porque consegue filtrar tanto descasos a gente como nós. O seu Sítio foi-me indicado por amigo seu, gostei muito. Já aprendi o caminho e voltarei breve. obs. não tenho u, blog.
abraço, do xará
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