quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Lembranças - 88

Anhangabaú - Pça. da Bandeira - fev 2008 - S. Paulo-Br

Eu não sei do tempo que perdi
Quando de ti
Sobram-me carinhos
Naquele instante e tão vibrante momento
Quase morri e prazeres calaram minha boca
De contentamento fali de alma e de energia
Latente ficou no meu peito honrosa fortuna do amor

De certo, não o terei mais
Que fazer d’um homem esquecido
Amofinado dentre tantas lembranças vesperais
Noturnas e matinais?
Que fazer da competência enrouquecida?
Sei lá! Teus olhos negros
Nunca mais

O tempo incompreensivo
Do amor eterno que virou poesia
Nunca mais, ainda é rima clamorosa
Estúpida, mistério desigual
E, assim se foram
Ontem e hoje

Nada muda
Nada altera rotinas
Nada muda tão igual
Tão assim, somos suspeitos cegos da ironia
Da harmonia que não há: entre mentes
Haverá passageiros todo dia

In Janelas abertas - 1ª ed. nov 2007

3 comentários:

Claudia disse...

Não sei se o meu Português é perfeito como o italiano, mas gostaria de lhe agradecer, que foram capazes de compreender a parte mais importante destes versos ...

ÁRVORES DO SIMAO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PatiK disse...

Obrigada pela visita e por ter gostado.Arrisco soltar o verbo de vez em quando...rsss
Beijos e volte sempre.